Conforto e tratamento exclusivo são as propostas da Triboju

São quatro suítes luxo e quatro bangalôs. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Com  cinco anos de funcionamento comemorados este ano, a pousada Triboju quer fisgar o hóspede exigente. O projeto de arquitetura é assinado por Pedro Mota e a decoração por Naiade Lins e Lorena Pontual, que levaram animais de madeira e elementos de vidro às áreas comuns e às acomodações, para manter o tom de acolhimento.

Animais de madeira compõem a decoração. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Animais de madeira compõem a decoração. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Logo na chegada, já se sente a qualidade do atendimento. Um transfer vai buscar o hóspede no aeroporto e a equipe o recebe com frutas no quarto e informações sobre a pousada e a ilha. “Há uma série de mimos, de carinho, que se dá na estadia, desde a fragrância usada nas acomodações até as parcerias para massagens, por exemplo”, diz o gerente operacional da Triboju, Eduardo Cesário.

Um dos diferenciais é o café da manhã a la carte, servido das 6h30 às 22h30. “Assim, todo mundo pode ficar à vontade, sem compromisso com horário para acordar”, explica Cesário. Tapioca, salada de frutas, cereais, bolos, pães e sucos naturais estão no cardápio. A comida é servida na área em frente à jacuzzi. A dica é ir usando repelente.

Acomodações têm 70 metros quadrados, com quarto e sala. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Acomodações têm quarto e sala. Foto: Luiz Pessoa/NE10

São quatro bangalôs, no primeiro andar com decoração específica: um africano, um provençal e dois florais. Há mais quatro suítes luxo, no térreo, com dois ambientes em 70 metros quadrados, sendo uma sala e um quarto, equipadas com cama king size, duas televisões de LED de 42 polegadas, ar condicionado split e frigobar retrô. O projeto tem baixa iluminação.

Quem não se hospeda na Triboju pode também ir ao restaurante da pousada, com menu assinado pelo chef Vitor Machado. Um dos sócios, Ju Medeiros, é a atração das quintas-feiras, contando histórias e lendas da ilha com música.

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Filho de Cachorrão, Cachorrinho é! Conheça essas figuras de Noronha

Cachorrão e Cachorrinho afirmam que o Dog Móvel é inclusivo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Au, au, au! Estranho começar um texto assim? Não se for sobre a vida de Manoel Cachorrão, guia turístico de Fernando de Noronha conhecido devido ao seu estilo um tanto peculiar:  de moicano vermelho e coleira no pescoço, características adotadas há 23 anos. Isso além de falar, desde então, o “cachorrês”, em que o “oi” é “au”, interjeição que significa outros cumprimentos também. “Eu falo três idiomas: brasileiro, mímica e latindo”.

Recifense, Manoel chegou ao arquipélago pela primeira vez em 1987 como funcionário do Ministério da Agricultura. Um ano depois se fixou em Noronha. Mas atuar na área de recursos humanos do escritório em meio ao paraíso o cansou. Ele queria aproveitar. “Trabalhava com pessoas que se lamentavam da vida. Aqui não, todo mundo vem feliz da vida. Participamos de lua de mel, aniversário, casamento, é um trabalho como se fosse uma diversão”, diz.

Ao deixar o emprego, passou a viver em uma ruína na Praia do Cachorro. Por isso, ganhou o apelido “Mané do Cachorro”. Não gostava e criou o próprio codinome, usado por todos até hoje. “Tenho 55 anos. De ilha, 27. De cachorro, 23”, conta. E Manoel tornou-se oficialmente Cachorrão há oito anos, quando incluiu o nome nos documentos.

A ruína na Praia do Cachorro virou lar. E o canil, como o próprio chama a família, é formado por ele, Dona Loba, e dois filhos: Cachorrinho, de 32 anos, e outro de 26 anos que às vezes é chamado de Xolinho – embora a contragosto.

O filho mais velho, cujo nome de batismo é Jefferson Galdino, seguiu os passos do pai, tornando-se guia turístico, além de ser professor de capoeira e de surf e instrutor de mergulho. “Meu dia é paz, amor e saúde. Trabalho fazendo o que eu gosto e com simplicidade. Noronha é um dos poucos lugares do mundo onde você consegue definir que menos com menos dá mais, e ao quadrado. Não preciso de muito, só da minha sunga, minha nadadeira, minha máscara, estar tranquilo,  alimentado e cercado de boas pessoas”, afirma.

Mas nem sempre foi assim. “Na escola, a professora fazia a chamada como Cachorrinho. Eu detestava”, revela. Jefferson mudou de opinião ao perceber a importância do personagem criado pelo pai, inicialmente só para chamar atenção, para o turismo local. “Para mim e para muita gente, ele criou o passeio mais feito hoje em dia, o Ilha Tour”, defende.

Assim como o pai gosta de olhar o mar da janela de casa, é na água que está o lugar preferido de Cachorrinho em Noronha. “Passa tranquilidade, paz, é de onde tiro meu sustento e me dá alegria. Talvez tenha a ver com o meu signo, de Peixes”, afirma.

Pai e filho também têm em comum o veículo, o terceiro Dog Móvel da vida dos dois. Na verdade, tem suspensão de carro e formato de bugue e é mais resistente que os outros. Cachorrão enfatiza que, além disso, é mais inclusivo, pois, por ficar na altura das calçadas, permite a idosos e pessoas com mobilidade reduzida subir de forma mais fácil. “Tenho a responsabilidade de trabalhar com a matéria-prima mais bonita do Brasil: vender Fernando de Noronha e mostrar essas belezas”, conta, orgulhoso.

No momento da entrevista, Cachorrão estava trabalhando; havia deixado turistas na Praia do Leão, seu lugar favorito em Noronha, e foi “verificar se estava tudo tranquilo no canil”. Depois de mais de 20 anos como “cachorro guia”, ele agora quer também abrir uma pousada no terreno em frente à Praça Flamboyant que pertence a Cachorrinho. “Enquanto o dinheiro não vem, vamos plantando milho para comer no São João”, diz. Au!

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Cada vez mais, um arquipélago que busca ser acessível para todos

Deficientes podem usar a trilha do Sancho. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Paraíso para surfistas, mergulhadores e praticantes de vários esportes, Fernando de Noronha também está aí para quebrar preconceitos e provar que pessoas com mobilidade reduzida, cadeirantes, cegos, surdos e portadores de deficiência podem – e devem – se aventurar, inclusive nesses passeios. Para recebê-los cada vez melhor, o arquipélago vem se adaptando, com projetos como o Praia sem Barreiras.

Michel e Yoko foram os primeiros cadeirantes a usar o serviço em Noronha. Foto: Divulgação

Michel e Yoko foram os primeiros cadeirantes a usar o serviço em Noronha. Foto: Divulgação

Através do programa, implantado em 2013, são disponibilizadas diariamente na Praia do Sueste, área do Parque Nacional Marinho, duas cadeiras de rodas anfíbias. A praia, conhecida pela presença constante de tartarugas, recebe todos os dias uma esteira de acesso ao mar e o banho é assistido por três monitores. E pronto, todo mundo já pode aproveitar, com segurança, a água de Fernando de Noronha, cristalina e na temperatura ideal.

O Parque Nacional tem outras áreas acessíveis, como a trilha que leva ao Mirante dos Golfinhos. Por lá também há profissionais para acompanhar os turistas que tenham essa necessidade.

É pedido apenas que os visitantes procurem um Posto de Informação e Controle (PIC), no Sueste ou Golfinhos-Sancho, para informar os passeios que desejam fazer. Assim, os monitores podem ficar aguardando nos locais onde serão feitas as atividades.

Ônibus percorre toda a BR. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Ônibus percorre toda a BR. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Para chegar a essas áreas, uma opção é ir de ônibus. Os veículos, que têm elevador na porta traseira, fazem todo o percurso da BR-363, percorrendo de um lado a outro da ilha, ou seja, do Porto ao Sueste. A passagem custa R$ 3 e o serviço funciona das 7h às 23h, todos os dias.

“A inclusão é uma emoção tão grande. Não é só receber, é acompanhar.”
Silvana Rondelli – pousadeira

HOSPEDAGEM – Ao ouvir que Noronha não era destino de portadores de deficiência por não oferecer condições, Sérgio Reis da Silva, dono da pousada Estrela do Mar, começou a fazer a sua parte. Há cerca de quatro anos, adaptou o quarto de número três. “Participei de um curso e comecei a implantar o que via lá aqui na pousada”, diz.

O dormitório, com uma cama de casal e uma de solteiro, tem uma rampa móvel e barras de apoio no banheiro. Ainda é disponibilizada uma cadeira específica para o banho.

Pousada Estrela do Mar disponibiliza cadeira de banho. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Pousada Estrela do Mar disponibiliza cadeira de banho. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Recifense que escolheu Fernando de Noronha como lar há 26 anos, Sérgio lembra que antes de projetos de inclusão, os turistas com necessidades especiais contavam com a hospitalidade dos moradores locais. “Pegávamos os deficientes nos braços quando não tinha isso tudo, só não podiam deixar de fazer os passeios”, conta.

Uma rampa móvel é colocada no quarto da Estrela do Mar para receber cadeirantes. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Uma rampa móvel é colocada no quarto da Estrela do Mar para receber cadeirantes. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Entretanto, ressalta que agora a acessibilidade está realmente se aplicando, com autonomia a todos. Para consolidar ainda mais essa meta, o dono da Estrela do Mar sugere que cadeiras de rodas elétricas sejam colocadas nas áreas do Parque Nacional para aluguel, como é feito com as bicicletas, que têm diária de R$ 25.

A Beco de Noronha também faz parte da lista de pousadas que se adaptaram aos diversos públicos. Trazendo o conceito utilizado desde a abertura do negócio, há 12 anos, de receber bem os visitantes, a paulista Silvana Rondelli resolveu, há três anos, transformar os quartos Beco Ocre, Rosa e Pistache, o que corresponde à metade do estabelecimento.

A pousada tem rampas fixas na entrada, além de uma móvel no corredor que leva aos quartos adaptados. Lá, o banheiro tem barras de apoio.

Pousada Beco de Noronha tem três banheiros com barras de apoio. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Pousada Beco de Noronha tem três banheiros com barras de apoio. Foto: Luiz Pessoa/NE10

A partir do momento em que foram chegando os turistas com necessidades especiais, questionou o que poderia melhorar e procurou consultoria. “Fomos despertando ideias de como receber essas pessoas, não só os cadeirantes, mas também surdos e cegos, por exemplo. Foi mostrando outro leque”, diz Silvana. “A inclusão é uma emoção tão grande. Não é só receber, é acompanhar.”

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A história de Noronha contada a partir das suas igrejas

Igreja Matriz de Noronha: testemunha da história da ilha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Do meio da Vila dos Remédios, a localidade mais antiga de Fernando de Noronha, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios já assistiu a passagem de franceses, holandeses, italianos, norte-americanos, portugueses. Datada de 1772, é uma das construções cuja história se confunde com a do arquipélago. Além dela, a ilha tem a Capela de São Pedro e a Igreja de Nossa Senhora das Graças.

A construção começou em 1731, 200 anos após a descoberta da ilha, mas só foi concluída em 1770 para a inauguração dois anos depois. Os presos que ficavam na ilha, usada como presídio, fizeram a primeira restauração, em 1833.

Igreja foi erguida há mais de dois séculos. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Igreja foi erguida há mais de dois séculos. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Ao contrário da igreja, a Vila dos Remédios, principal núcleo urbano, passou por diversas mudanças no período. As primeiras construções datam de um século antes do templo, período em que os holandeses ocuparam a área – de 1624 a 1654.

Além da matriz, foram edificados, primeiro por holandeses e depois por portugueses, prédios públicos, alojamentos, oficinas para presidiários, escola e hospital. Estrategicamente, não era vista do mar.

Hoje em dia, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios tem missas nos domingos, às 20h, e nas quartas-feiras, às 11h, além das celebrações de Adoração ao Santíssimo, nas quintas-feiras, às 20h, e do Terço dos Homens, nos sábados, às 20h. A missa em homenagem à padroeira é no dia 29 de agosto.

O padre responsável pelas celebrações há dois anos é Flávio José Ribeiro de Araújo, 31 anos. Reservado, mas atencioso com os moradores, o padre leva uma vida de trabalhos religiosos principalmente voltadas aos jovens ilhéus. O único banho de mar é nas tardes de domingo, na Praia do Cachorro, próximo à paróquia. Tudo para aproveitar o dia de menor movimento na paróquia e na praia.

Capela de São Pedro fica em local privilegiado, com vista do mar de dentro e do mar de fora. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Capela de São Pedro fica em local privilegiado, com vista do mar de dentro e do mar de fora. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Ao chegar a Noronha, o padre Flávio encontrou um evento que costumava celebrar no continente: a barqueata. Nos quatro primeiros anos de ordenado, acompanhou a procissão marítima de São José do Amarante, em Itapissuma, no Grande Recife. Agora é em homenagem a São Pedro, saindo da capela que leva o nome do santo, na Ponta da Air France.

Mesmo pequena, capela de São Pedro é palco de inúmeros casamentos. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Madeira da cruz em frente à capela é ecológica. Foto: Luiz Pessoa/NE10

A celebração na ilha é no dia 29 de junho e acontece há 45 anos, por iniciativa de pescadores. “Os turistas participam bastante”, afirma o padre.

O ritual começa às 9h, na parte externa da capela, que é pequena e com vista privilegiada dos dois mares da ilha, de dentro e de fora. A imagem do santo é, então, levada em procissão aos barcos que aguardam no porto. Com todos os tripulantes acomodados, é hora de seguir até a Ponta da Sapata, o outro extremo de Noronha e retornar para um grande almoço na capela. O prato: peixes do arquipélago.

A capela também é um dos principais locais escolhidos para casamentos. “É o sonho de consumo de muitas noivas”, afirma o padre. “Sigo o ritual da igreja. Na capela é mágico porque geralmente acontece fora, com o por do sol de fundo e a natureza como cenário.” Normalmente, as missas na igrejinha também são ao por do sol, às 18h, de segunda a sábado.

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Embarque nesta Nave e ajude a mapear a vida aquática de Noronha

Visitantes observam fundo do mar pela lente do barco. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Naufrágios, tubarões, tartarugas e peixes coloridos não estão só ao alcance dos olhos dos mergulhadores em Fernando de Noronha. Única do gênero em funcionamento no País, a expedição Nave permite ao turista uma viagem ao fundo do oceano Atlântico, explorando detalhes da vida marinha através da lente do barco.

A primeira etapa do passeio é para as primeiras instruções sobre o que poderá ser encontrado na costa noronhense, na concentração às 8h, no Museu do Tubarão.

Leonardo Veras explica quais são os animais mais comuns em Noronha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Didaticamente, o engenheiro de pesca Leonardo Veras, curador do museu, usa o espaço lúdico para explicar desde as técnicas para não enjoar – não fixar o olhar apenas na lente da embarcação e tentar “enganar o cérebro” trocando de paisagens – até as mudanças da cor do mar – mais verde nas proximidades do Porto, por causa da concentração de algas microscópicas, e azulado ao se afastar, devido à ação da corrente equatorial e à menor presença de nutrientes.

Todos avisados de que não há certeza sobre o que poderá ser visto, a expedição pode sair. “Os animais têm comportamento exótico”, adverte. A única certeza é sobre as estatísticas dos passeios anteriores, elaborada de acordo com a observação dos próprios visitantes: tartarugas apareceram em 88,6% dos passeios; arraias em 77,3%; golfinhos em 63,4%; e tubarões em 37,3%. E, como o mar é mesmo cheio de surpresas, expectativas frustradas: nada de golfinhos na nossa expedição.

A Nave é um barco russo com motor sueco que, há quatro anos, transporta 15 tripulantes, contando com Leonardo Veras, o piloto Dadinha e o auxiliar Bacana.

Ao deixar o porto, cerca de uma hora depois das instruções, um naufrágio é a primeira atração. “Esse é de máquinas a vapor, o mesmo do Titanic”, explica Veras. Em seguida, já foi possível ver cardumes de peixes tesourinha e cirurgião. A nove metros de profundidade, surgem tartarugas, que, devido à ilusão de ótica provocada pela lente, parecem pequenas, mas podem chegar a um metro de carapaça.

Os corais de fogo conseguem chamar ainda mais atenção dos turistas. Constituídos por dois organismos, vegetal e animal, ganham coloração amarelada, levando rochas a parecerem pepitas de ouro. Essas formações são compostas pelos peixes donzelas de rocas, amarelos e lilás, e por algas que mantêm atividades 24 horas – durante o dia produzindo açúcares na fotossíntese e à noite estendendo redes microscópicas para a alimentação. Apesar da beleza, os corais não devem ser tocados, pois produzem substâncias urticantes.

Foto: Luiz Pessoa/NE10

Daniel e Carin conseguiram observar todos os animais no passeio. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Um cardume de sardinhas, outro de sargentinhos e ainda um peixe conhecido como tubarão do Paraguai também passaram pelo barco. De verdade, um tubarão lixa, apelidado de Chico, que costuma saudar os visitantes, cumpriu o ritual próximo à Ilha do Meio.

Sandra afirma que a Nave é um passeio inclusivo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Sandra afirma que a Nave é um passeio inclusivo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Elogiado por Leonardo Veras por ter sido o que mais percebeu a presença de animais distintos ao longo do passeio, o médico de Niterói (RJ) Daniel Thiengo, 34 anos, justifica que aprendeu com a esposa, a bióloga Carin Caputo, 33. Apesar de se planejarem desde que se conheceram, há 15 anos, para ir a Noronha, esta foi a primeira vez. E já se apaixonaram pelo lugar. “Esse foi o passeio mais legal”, disse ela.

Para a psicóloga carioca Sandra Cerqueira, 37, um dos pontos positivos do Nave é a riqueza dos conhecimentos repassados pelos tripulantes, além da possibilidade de incluir pessoas que não podem mergulhar. “Minha mãe, por exemplo, é obesa e teria dificuldade de fazer outras atividades. Aqui ela teria contato com tudo sem problemas”, afirmou. Sandra foi de férias a Noronha e disse ser “a primeira vez de muitas”.

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NE10 lança site indispensável para quem planeja viajar para Noronha

Um dos mirantes para as belas praias de Noronha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Uma semana após Fernando de Noronha ter sido eleita pelos usuários do TripAdvisor a melhor ilha da América do Sul e a 10ª melhor do mundo, o NE10 lança um especial para apresentar as belezas do lado de lá do oceano – deixando quem está do lado de cá com ainda mais vontade de conhecê-las.

A repórter Amanda Miranda e o cinegrafista e fotógrafo Luiz Pessoa percorreram Noronha do Mar de Dentro ao Mar de Fora por cinco dias em experiências turísticas, com o objetivo contá-las, revelando os bastidores desta expedição. O passeio serviu também para encontrar os personagens que se destacam na ilha, como o guia turístico Cachorrão e seu modo peculiar de levar a vida numa boa.

O site Fernando de Noronha agora faz parte do menu fixo de entretenimento e turismo do portal e terá atualização semanalmente com textos, vídeos e fotos. Entre os assuntos, passeios como o planasub e a expedição Nave, a diversidade e a sofisticação da gastronomia local, a riqueza da fauna (alguém conhece a simpática Mabuia?) e da flora, além da história desse paraíso descoberto em 1503. Para a estreia, a cozinha molecular, a acessibilidade na ilha, as características das tartarugas e a Praia do Sancho, escolhida duas vezes a mais bonita do mundo.

Mas o internauta vai além do Sancho navegando por um mapa interativo na página principal. Cacimba do Padre, Conceição, Atalaia e Leão são alguns dos 17 pontos marcados, com informações sobre os atrativos e fotos, muitas fotos.

As imagens, aliás, merecem destaque no especial. Feitas principalmente por Luiz Pessoa, mostram a vida submarina de peixes coloridos, corais e naufrágios. Rochas, praias, trilhas, fortalezas, pousadas e muita comida também encantam os que escolhem o arquipélago pernambucano como destino.

Se o planejamento do viajante ainda nem começou e restam dúvidas sobre como chegar à ilha, o que comer, onde se hospedar, como contratar passeios e valores de taxas e ingressos, todas essas informações estão na seção de serviços do site. Depois de descobrir ou redescobrir Fernando de Noronha, compartilhe com a gente a sua história, publicando no Instagram uma foto com a hashtag #NoronhaEuFui.

MAIS NORONHA – “Aqui tem baixa temporada? Impossível!”, questionam, surpresos, muitos turistas ao saber que, de abril a junho, é o período em a ilha recebe menos visitantes. Para incrementar a atividade, foi criada a campanha Mais Noronha, com descontos de até 30% em pousadas, restaurantes e passeios.

No ano passado, houve um aumento de 6,7% no número de turistas. A temporada alcançou maior número em estados como Minas Gerais (30%) e São Paulo (18,7%). No Nordeste, os destaques são Paraíba e Rio Grande do Norte, com crescimento de 12,5% e 14,2%, respectivamente.

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Antes de embarcar para Noronha, entenda a diferença entre taxa e ingresso

Trilha de madeira ecológica faz parte do Parque Nacional. Foto: Luiz Pessoa/NE10

As belezas naturais de Fernando de Noronha são unanimidade. Porém, para mantê-las, é preciso conscientização e investimento. Cada turista tem papel fundamental nisso, seja em atitudes como não jogar lixo nas praias ou ao pagar a Taxa de Proteção Ambiental (TPA) e o ingresso para o Parque Nacional Marinho, valores que são convertidos em melhorias na infraestrutura do arquipélago.

infograficoNoronha-Taxas-2

Ao desembarcar em Noronha, há atendimento para quem já pagou a TPA pela internet (a melhor opção para quem não quer enfrentar fila), para os que ainda deverão fazer o pagamento e para moradores e trabalhadores, entre outras pessoas isentas. Nos guichês, é entregue um documento que deverá ser guardado pelo visitante até a volta, quando será apresentado novamente para o check-out. No entanto, não é necessário levar esse papel aos passeios.

A taxa dá livre acesso a toda a Área de Proteção Ambiental, incluindo as praias da Cacimba do Padre, do Bode, do Americano, do Boldró, da Conceição, do Meio, do Cachorro, da Biboca, Baía de Santo Antônio (do Porto) e Buraco da Raquel. Além dessas áreas muito procuradas pelos turistas, também está inclusa a circulação na BR-363, no aeroporto e nas áreas históricas, como a Vila dos Remédios.

CONSERVAÇÃO – O ingresso para o Parque Nacional não é obrigatório e deve ser pago por quem quer chegar a praias como a do Sancho, eleita duas vezes a mais bonita do mundo. Além dela, há áreas como a famosa Ilha Dois Irmãos, os mirante da Baía dos Golfinhos e da Ponta das Caracas, as praias do Leão e do Atalaia, o Morro do Francês e trilhas como a da Ponta da Sapata. Boa parte do acesso a esses pontos é feito por caminhos especiais, construídos com madeira sintética, não agredindo o meio ambiente.

Para colaborar com a conservação, algumas áreas do parque merecem atenção redobrada.  Não é permitido caminhar sobre os arrecifes na Praia do Leão e na Praia do Atalaia, onde a visita é feita com horários pré-estabelecidos, de acordo com a maré. Não é possível descer dos mirantes da Ponta das Caracas e dos Golfinhos.

Ao fazer o pagamento, o visitante imprime um voucher, que é trocado por um documento em três pontos de Noronha (veja onde no infográfico acima). Esse comprovante deve ser levado sempre para entrar nas áreas do parque.

A visitação é permitida diariamente, das 8h às 18h, com exceção do Mirante dos Golfinhos, que abre das 5h às 18h. As praias do Americano, do Bode, da Quixabinha e da Cacimba do Padre podem ser desbravadas das 6h às 18h de dezembro a junho. É proibido acampar ou pernoitar nas praias do parque nacional.

Desde 2013, a empresa responsável pela administração do Parque Nacional é a A Econoronha, com fiscalização feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo da concessão é buscar a sustentabilidade e o manejo correto do ecoturismo. Por isso, os visitantes não podem matar, capturar ou alimentar os animais e a orientação é de não deixar lixo e conservar conchas, corais e vegetais onde estiverem.

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Serviços

Taxas e Ingressos

Trilha de madeira ecológica faz parte do Parque Nacional. Foto: Luiz Pessoa/NE10

As belezas naturais de Fernando de Noronha são unanimidade. Porém, para mantê-las, é preciso conscientização e investimento. Cada turista tem papel fundamental nisso, seja em atitudes como não jogar lixo nas praias ou ao pagar a Taxa de Proteção Ambiental (TPA) e o ingresso para o Parque Nacional Marinho, valores que são convertidos em melhorias na infraestrutura do arquipélago.

infograficoNoronha-Taxas-2

Ao desembarcar em Noronha, há atendimento para quem já pagou a TPA pela internet (a melhor opção para quem não quer enfrentar fila), para os que ainda deverão fazer o pagamento e para moradores e trabalhadores, entre outras pessoas isentas. Nos guichês, é entregue um documento que deverá ser guardado pelo visitante até a volta, quando será apresentado novamente para o check-out. No entanto, não é necessário levar esse papel aos passeios.

A taxa dá livre acesso a toda a Área de Proteção Ambiental, incluindo as praias da Cacimba do Padre, do Bode, do Americano, do Boldró, da Conceição, do Meio, do Cachorro, da Biboca, Baía de Santo Antônio (do Porto) e Buraco da Raquel. Além dessas áreas muito procuradas pelos turistas, também está inclusa a circulação na BR-363, no aeroporto e nas áreas históricas, como a Vila dos Remédios.

O ingresso para o Parque Nacional não é obrigatório e deve ser pago por quem quer chegar a praias como a do Sancho, eleita duas vezes a mais bonita do mundo. Além dela, há áreas como a famosa Ilha Dois Irmãos, os mirante da Baía dos Golfinhos e da Ponta das Caracas, as praias do Leão e do Atalaia, o Morro do Francês e trilhas como a da Ponta da Sapata. Boa parte do acesso a esses pontos é feito por caminhos especiais, construídos com madeira sintética, não agredindo o meio ambiente.

Para colaborar com a conservação, algumas áreas do parque merecem atenção redobrada. Não é permitido caminhar sobre os arrecifes na Praia do Leão e na Praia do Atalaia, onde a visita é feita com horários pré-estabelecidos, de acordo com a maré. Não é possível descer dos mirantes da Ponta das Caracas e dos Golfinhos.

Ao fazer o pagamento, o visitante imprime um voucher, que é trocado por um documento em três pontos de Noronha (veja onde no infográfico acima). Esse comprovante deve ser levado sempre para entrar nas áreas do parque.

A visitação é permitida diariamente, das 8h às 18h, com exceção do Mirante dos Golfinhos, que abre das 5h às 18h. As praias do Americano, do Bode, da Quixabinha e da Cacimba do Padre podem ser desbravadas das 6h às 18h de dezembro a junho. É proibido acampar ou pernoitar nas praias do parque nacional.

Desde 2013, a empresa responsável pela administração do Parque Nacional é a A Econoronha, com fiscalização feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo da concessão é buscar a sustentabilidade e o manejo correto do ecoturismo. Por isso, os visitantes não podem matar, capturar ou alimentar os animais e a orientação é de não deixar lixo e conservar conchas, corais e vegetais onde estiverem.

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