Por Cássio Oliveira

Star Wars é uma franquia que encanta pela capacidade de se reinventar, ser atual e captar novos fãs. De Jedi para Padawan, ou melhor, de pai para filho. É assim que começa o grande amor pela saga, em boa parte de seus admiradores. E, às vésperas da estreia do Episódio VII – O Despertar da Força, é comum vermos crianças usando camisetas e acessórios temáticos da saga.

A pernambucana Paola de Melo confirma que a paixão do filho, Francisco (6), começou por influência do marido. “O pai estava assistindo uma matéria sobre o novo filme quando estava sendo gravado. Foi aí que ele viu os personagens e ficou interessado, fazendo mil perguntas. Daí, meu marido baixou todos os filmes e ele fica assistindo”. Fã de Darth Vader, Francisco gostou tanto dos filmes que acabou fazendo a mãe comprar tudo que fosse relacionado: brinquedos, fantasias e jogos da franquia não faltam na casa de Paola.

Cada trilogia de filmes acabou marcando diferentes gerações. É um universo que parece nunca acabar. Por isso, muitos encaram Star Wars como uma espécie de herança. Algo que, literalmente, ultrapassa gerações. Como uma verdadeira Força que se move e permite que todos embarquem em uma mesma nave na contínua galáxia da vida.

Os aficionados por Vader, Luke e Yoda, que estrearam no cinema há quase 40 anos, não têm um perfil bem determinado: avós, pais, crianças, inclusive as que não sonhavam em nascer quando o último filme foi lançado, há dez anos.

Luna 3

Ainda com cinco anos, Luna Moura ( foto acima) já sabe tudo da saga. Seu padrinho, Carlos Jorge, explica o quanto esse amor pode unir diferentes gerações. “Por ser padrinho e ter pouco tempo somos um pouco afastados. Mas compartilhando um mesmo gosto a criança perde um pouco do receio e quando me encontra nós brincamos muito”, disse.

Entretanto, existem outros fatores que atraem novos fãs. “Star Wars Rebels”, por exemplo, foi adaptado pela Disney com o objetivo de conquistar crianças entre seis e 12 anos, e criar, assim, uma nova geração de fãs. A estruturação do tipo de interação (games e brinquedos) demonstra o interesse em renovar o público.

Igor

O recifense Mário Muniz explica como seu filho Igor, de nove anos, se encantou por esse universo. “Eu sou fã, mas meu filho não entrou nessa admiração só por mim. A experiência dele com o universo da Guerra nas Estrelas iniciou antes, através de franquias de jogos, brinquedos, e filmes de animação (Lego, Games, entre outros) que trouxeram para ele, dentro da sua capacidade e interesse de entender, a interação com os personagens e com o enredo. A partir disso, a curiosidade só aumentou. Logo ele quis assistir as trilogias e comprar os jogos”, disse.

“O que mais gosto do Star Wars: os clones, Darth Vader, as guerras nas galáxias, todas aquelas naves e os sabres também”, disse o jovem Padawan Igor.