Um roteiro para sete dias relaxando sem “neuronha”

Passeio à Fortaleza dos Remédios pode ser no fim da tarde, para pegar o por do sol. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Fernando de Noronha tem pontos turísticos para agradar os mais diversos visitantes. Mesmo com tanto a fazer, do lado de cá do oceano há um mito que diz que uma semana na ilha já provoca a tal “neuronha”, uma vontade enorme de voltar à “vida real”. Mas, se fosse música pop, diríamos que o recalque bate no Morro Dois Irmãos e volta, pois há provas incontestáveis de que é possível, sim, montar o seu roteiro de sete dias no arquipélago e ainda sair com gostinho de quero mais. É só preparar as malas.

Veja uma sugestão de roteiro para passar sete dias na ilha – mas vale dizer que, como quase tudo em Noronha depende da natureza, não se estresse se um ou outro passeio for adiado:

Por do sol no Boldró é o mais disputado de Noronha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Pôr-do-sol no Boldró é o mais disputado de Noronha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

DIA 1

Os voos comerciais costumam chegar à ilha desde o início até o fim da tarde. Então, há grandes chances de você chegar a tempo de ver o famoso pôr-do-sol de Noronha. O Forte do Boldró é um dos lugares preferidos e mais bonitos.

DIA 2

O ilhatour, um passeio de bugue pelos pontos turísticos de Noronha, com paradas para fotos e banhos de mar, pode dar uma ideia geral da ilha. A atividade custa, em média, R$ 150.

Assistir a uma das palestras diárias do Projeto Tamar é uma sugestão para o início da noite. É gratuita.

DIA 3

Para o terceiro dia, uma opção é conhecer Noronha pelo mar, em um passeio de barco pelo Mar de Dentro, do Porto de Santo Antônio até a Ponta da Sapata. Custa cerca de R$ 120 por três horas – se for no entardecer; é aproximadamente R$ 140.

Vista do passeio de barco é incrível. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Vista do passeio de barco é incrível. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Fora do roteiro tradicional, a trilha do Morro do Piquinho pode ser feita à tarde pelos mais aventureiros. Mas tem alto grau de dificuldade e deve ser feita por quem tem experiência. O valor é, em média, R$ 100. Para incrementar, tem também o rapel, que pode ser contratado pelo telefone (81) 3619.0447.

Como a pedra fica na Praia da Conceição, é uma oportunidade para apreciar o pôr-do-sol de lá.

Os que não têm experiência também podem fazer trilhas como a Costa dos Mirantes – seguindo pela encosta da baía até o mirante Dois Irmãos e acessando a Praia do Sancho por descida entre as rochas – e a Esmeralda do Atlântico – uma caminhada em maré baixa pelas praias do Mar de Dentro. Ambas custam aproximadamente R$ 100.

DIA 4

É dia de explorar o fundo do mar com a Nave. A embarcação tem uma lente que permite aos visitantes conhecer as espécies que habitam o oceano Atlântico sem mergulhar. Antes tem uma aula sobre a vida marinha de Noronha. É R$ 150.

À tarde, você pode fazer uma caminhada para conhecer a história da ilha, que já foi ocupada por portugueses, holandeses, franceses, italianos e norte-americanos e também já funcionou como um presídio. O lugar ideal para isso é a Vila dos Remédios. Pelo receptivo Atalaia, custa R$ 65.

O passeio pode acabar na Fortaleza dos Remédios, com um pôr-do-sol incrível e vista para praias do Mar de Dentro.

Passeio tem formações rochosas e ilhotas de Noronha como plano de fundo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Plana sub tem formações rochosas e ilhotas de Noronha como plano de fundo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

DIA 5

O mergulho a reboque, conhecido como plana sub ou prancha sub, é uma opção de diversão para o quinto dia de viagem. Puxado em posição de mergulho pela água, você é levado pelo Mar de Dentro segurando uma prancha ligada ao barco. Já falamos sobre ele por aqui. O preço varia de R$ 100 a R$ 200.

Explorar a ilha de bicicleta é ótimo também para quem tem disposição. As bikes podem ser alugadas nos pontos de informação do Parque Nacional – na entrada da trilha do Sancho/Golfinho ou na Praia do Sueste – por R$ 25 para o dia inteiro.

DIA 6

Com sorte, você poderá conhecer a Praia da Atalaia, uma piscina natural com 300 metros de comprimento. Para respeitar a natureza, você só poderá chegar lá com um guia, se estiver aberta, já que o funcionamento varia de acordo com a maré. É proibido o uso de protetor solar, evitando, assim, interferir na vida que nasce lá.

Barcos param na Praia do Sancho para banho de mar. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Barcos param na Praia do Sancho para banho de mar. Foto: Luiz Pessoa/NE10

À tarde, você pode voltar à Praia do Sancho, eleita duas vezes a mais bonita do mundo, e já visitada no ilhatour. Agora, com calma, é hora de curtir a água cristalina. Com sorte, a cachoeira estará lá, escondida entre a vegetação.

Outra opção é o batismo, um mergulho com cilindro para iniciantes conhecerem o fundo do mar de Noronha. O preço é, em média, R$ 440. É quase unanimidade que vale a pena!

DIA 7

Depois de ver as praias e passear na Nave, é hora de mergulhar para conhecer a diversidade da vida marinha de Noronha. A Praia do Sueste tem tartarugas e peixes, que podem nadar ao lado dos visitantes. Não esqueça o snorkel! Você pode chegar lá no ônibus que passa por toda a BR-363 de meia em meia hora. Ainda sobra tempo para voltar aos pontos que mais gostou.

Não importa o dia da semana, à noite sempre tem o que fazer em Noronha. Para quem gosta de forró, o point nas segundas, quartas e sextas-feiras é o Bar do Cachorro. O Ginga Bar, reconhecido pelos petiscos servidos, pode ser o destino na noite de terça-feira. Quinta e sábado tem, no Muzenza, o reggae – que não toca só esse estilo musical, mas outros, como o pop/rock. A festa do domingo é o “samba depois da missa”, no mesmo local. Todos os dias, você ainda pode aproveitar a reconhecida gastronomia de Noronha. Telefones e endereços de todos os passeios estão na aba de serviços.

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Baía dos Porcos

Foto: Luiz Pessoa/NE10

Se a Baía dos Porcos já tem uma vista incrível do mirante, de perto é ainda melhor. Lá, as pedras formam piscinas de águas transparentes.

Para chegar, só a pé. Saindo da Cacimba do Padre, o caminho é pela areia, em direção à esquerda. Ainda tem uma trilha de pedras. Mas o esforço vale a pena.

Além das piscinas naturais e do paredão rochoso alto, o visual fica completo com a vista do Morro Dois Irmãos, cartão postal de Fernando de Noronha.

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Praia do Atalaia

Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

Na Praia do Atalaia, os recifes formam piscinas naturais de água cristalina, com boa visibilidade e muitos peixes, atraindo banhistas interessados pela vida marinha.

A paisagem do Atalaia lembra a origem vulcânica de Fernando de Noronha, 1,5 milhão de anos atrás. A praia tem pedras negras e o Morro do Frade no meio.

Para preservá-la, o acesso é controlado. A praia só recebe pequenos grupos, que fazem a trilha de 1,5 quilômetro e podem ficar na água por meia hora.

Para isso, é necessário fazer o agendamento do passeio no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em frente à sede do Projeto Tamar.

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