Dez (entre inúmeros) motivos para voltar a Noronha

Cenários de Noronha são inspiradores. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Sol e praia, ecoturismo e lua de mel estão entre os principais motivos para brasileiros e estrangeiros escolherem Fernando de Noronha como destino. Esses são fatores decisivos para os viajantes que desembarcaram na ilha no ano passado, de acordo com pesquisa feita pela Secretaria de Turismo de Pernambuco. Mas, além deles, inúmeros outros fazem 19,35% retornarem. Só em novembro, 16,99% afirmaram voltar a Noronha após outra viagem a esse paraíso. Para 39,83%, estava ainda melhor.

Amanda e Fábio ainda querem voltar a Noronha. Foto: Amanda Miranda/NE10

Amanda e Fábio ainda querem voltar a Noronha. Foto: Amanda Miranda/NE10

Pela terceira vez passeando na ilha, a professora de educação física carioca Amanda Queiroz, 36 anos, afirma que ainda quer visitar lugares como a Praia da Atalaia. “Isso é maravilhoso. No Brasil não tem lugar mais bonito”, justifica. Em abril, a carioca esteve na ilha por 11 dias com o namorado, o administrador Fábio Simões, 38, em sua segunda oportunidade no paraíso. “Todas as experiências valem aqui”, diz ele. E já planejam a próxima, quando esperam conhecer a Enseada dos Abreus.

Veja outros dez motivos para voltar a Noronha:

1. Ser seu próprio guia

Muita gente – 41,43% dos turistas, segundo a pesquisa – vão a Noronha através de pacotes organizados por agências de viagens. Mas que tal aproveitar que já conhece a ilha para organizar o seu próprio roteiro, de acordo com as suas preferências? Pode ser uma chance de aproveitar mais.

Noite de Noronha é super estrelada. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Noite de Noronha é super estrelada. Foto: Luiz Pessoa/NE10

2. Mudar as companhias e a proposta da viagem

Entre os visitantes do ano passado, 68,61% estiveram na ilha com a família; 20,62% com amigos; 10,52% sozinhos; e 0,25% em excursão. Trocar as companhias significa novos roteiros. É, a cada viagem, conhecer Noronha de uma forma.

Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

Atalaia é enorme piscina natural. Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

3. Fazer passeios de bicicleta

O aluguel de bicicletas elétricas é recente em Noronha. Por R$ 25, todo mundo agora pode pegar uma emprestada para circular pela ilha. É só ir aos pontos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Boldró, no Sueste e no Sancho.

4. Mais uma chance de ir à Atalaia

Enorme piscina natural cheia de vida marinha, a Praia do Atalaia não é de fácil acesso. Além da trilha de 1,5 quilômetro e de só poder ficar na água por meia hora, os turistas têm que esperar os horários da maré e ação dos corais para saber se poderão visitá-la. Mas todas as tentativas valem a pena pela oportunidade de conhecer o berçários da fauna da ilha e tomar banho na água cristalina.

5. Se não tomou banho de cachoeira no Sancho, agora pode ser que agora dê certo

Não é sempre que a cachoeira da Praia do Sancho está lá. Ela se forma em períodos após muita chuva, o que geralmente ocorre entre abril e junho. Mesmo assim, não é garantia para conhecê-la. Por isso, boa sorte!

Cachoeira do Sancho só aparece após dias de chuva. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Cachoeira do Sancho só aparece após dias de chuva. Foto: Luiz Pessoa/NE10

6. Conhecer os detalhes do fundo do mar

Nem sempre dá tempo – ou sobra coragem – para fazer o mergulho com cilindro na primeira vez. Porém, conhecer de perto a dinâmica do mar de Noronha pode ficar para a próxima. Só não deixe de fazer.

7. Tentar interagir com novos animais

Nadar com tubarões, tartarugas, arraias e outros animais. Ter golfinhos acompanhando o passeio de barco. Ver a atividade de atobás, viuvinhas e outras aves. Tudo isso pode ser feito em Noronha. Se não conseguiu ficar perto de algum bicho na primeira, não desista. Na natureza, tudo é imprevisível.

8. Ir aos restaurantes que você ainda não conheceu

Dezenas de restaurantes fazem a alta gastronomia de Noronha ser reconhecida também no continente. E não dá para ir a todos de uma só vez. É bom para dar um gostinho de “quero mais”.

Paella é um dos pratos mais concorridos. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Paella é um dos pratos mais concorridos no Festival de Zé Maria. Foto: Luiz Pessoa/NE10

9. Se permitir ficar um tempo “longe do mundo”

É impossível ficar na internet sempre em Noronha. Essa é uma forma de esquecer tudo e relaxar.

10. Energizar o corpo e a alma

Noronha é uma das ilhas mais lindas do mundo e está no nosso País. Aproveite a oportunidade para renovar as energias no mar de águas cristalinas. Assim, você também vai querer sempre voltar.

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Um roteiro para sete dias relaxando sem “neuronha”

Passeio à Fortaleza dos Remédios pode ser no fim da tarde, para pegar o por do sol. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Fernando de Noronha tem pontos turísticos para agradar os mais diversos visitantes. Mesmo com tanto a fazer, do lado de cá do oceano há um mito que diz que uma semana na ilha já provoca a tal “neuronha”, uma vontade enorme de voltar à “vida real”. Mas, se fosse música pop, diríamos que o recalque bate no Morro Dois Irmãos e volta, pois há provas incontestáveis de que é possível, sim, montar o seu roteiro de sete dias no arquipélago e ainda sair com gostinho de quero mais. É só preparar as malas.

Veja uma sugestão de roteiro para passar sete dias na ilha – mas vale dizer que, como quase tudo em Noronha depende da natureza, não se estresse se um ou outro passeio for adiado:

Por do sol no Boldró é o mais disputado de Noronha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Pôr-do-sol no Boldró é o mais disputado de Noronha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

DIA 1

Os voos comerciais costumam chegar à ilha desde o início até o fim da tarde. Então, há grandes chances de você chegar a tempo de ver o famoso pôr-do-sol de Noronha. O Forte do Boldró é um dos lugares preferidos e mais bonitos.

DIA 2

O ilhatour, um passeio de bugue pelos pontos turísticos de Noronha, com paradas para fotos e banhos de mar, pode dar uma ideia geral da ilha. A atividade custa, em média, R$ 150.

Assistir a uma das palestras diárias do Projeto Tamar é uma sugestão para o início da noite. É gratuita.

DIA 3

Para o terceiro dia, uma opção é conhecer Noronha pelo mar, em um passeio de barco pelo Mar de Dentro, do Porto de Santo Antônio até a Ponta da Sapata. Custa cerca de R$ 120 por três horas – se for no entardecer; é aproximadamente R$ 140.

Vista do passeio de barco é incrível. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Vista do passeio de barco é incrível. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Fora do roteiro tradicional, a trilha do Morro do Piquinho pode ser feita à tarde pelos mais aventureiros. Mas tem alto grau de dificuldade e deve ser feita por quem tem experiência. O valor é, em média, R$ 100. Para incrementar, tem também o rapel, que pode ser contratado pelo telefone (81) 3619.0447.

Como a pedra fica na Praia da Conceição, é uma oportunidade para apreciar o pôr-do-sol de lá.

Os que não têm experiência também podem fazer trilhas como a Costa dos Mirantes – seguindo pela encosta da baía até o mirante Dois Irmãos e acessando a Praia do Sancho por descida entre as rochas – e a Esmeralda do Atlântico – uma caminhada em maré baixa pelas praias do Mar de Dentro. Ambas custam aproximadamente R$ 100.

DIA 4

É dia de explorar o fundo do mar com a Nave. A embarcação tem uma lente que permite aos visitantes conhecer as espécies que habitam o oceano Atlântico sem mergulhar. Antes tem uma aula sobre a vida marinha de Noronha. É R$ 150.

À tarde, você pode fazer uma caminhada para conhecer a história da ilha, que já foi ocupada por portugueses, holandeses, franceses, italianos e norte-americanos e também já funcionou como um presídio. O lugar ideal para isso é a Vila dos Remédios. Pelo receptivo Atalaia, custa R$ 65.

O passeio pode acabar na Fortaleza dos Remédios, com um pôr-do-sol incrível e vista para praias do Mar de Dentro.

Passeio tem formações rochosas e ilhotas de Noronha como plano de fundo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Plana sub tem formações rochosas e ilhotas de Noronha como plano de fundo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

DIA 5

O mergulho a reboque, conhecido como plana sub ou prancha sub, é uma opção de diversão para o quinto dia de viagem. Puxado em posição de mergulho pela água, você é levado pelo Mar de Dentro segurando uma prancha ligada ao barco. Já falamos sobre ele por aqui. O preço varia de R$ 100 a R$ 200.

Explorar a ilha de bicicleta é ótimo também para quem tem disposição. As bikes podem ser alugadas nos pontos de informação do Parque Nacional – na entrada da trilha do Sancho/Golfinho ou na Praia do Sueste – por R$ 25 para o dia inteiro.

DIA 6

Com sorte, você poderá conhecer a Praia da Atalaia, uma piscina natural com 300 metros de comprimento. Para respeitar a natureza, você só poderá chegar lá com um guia, se estiver aberta, já que o funcionamento varia de acordo com a maré. É proibido o uso de protetor solar, evitando, assim, interferir na vida que nasce lá.

Barcos param na Praia do Sancho para banho de mar. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Barcos param na Praia do Sancho para banho de mar. Foto: Luiz Pessoa/NE10

À tarde, você pode voltar à Praia do Sancho, eleita duas vezes a mais bonita do mundo, e já visitada no ilhatour. Agora, com calma, é hora de curtir a água cristalina. Com sorte, a cachoeira estará lá, escondida entre a vegetação.

Outra opção é o batismo, um mergulho com cilindro para iniciantes conhecerem o fundo do mar de Noronha. O preço é, em média, R$ 440. É quase unanimidade que vale a pena!

DIA 7

Depois de ver as praias e passear na Nave, é hora de mergulhar para conhecer a diversidade da vida marinha de Noronha. A Praia do Sueste tem tartarugas e peixes, que podem nadar ao lado dos visitantes. Não esqueça o snorkel! Você pode chegar lá no ônibus que passa por toda a BR-363 de meia em meia hora. Ainda sobra tempo para voltar aos pontos que mais gostou.

Não importa o dia da semana, à noite sempre tem o que fazer em Noronha. Para quem gosta de forró, o point nas segundas, quartas e sextas-feiras é o Bar do Cachorro. O Ginga Bar, reconhecido pelos petiscos servidos, pode ser o destino na noite de terça-feira. Quinta e sábado tem, no Muzenza, o reggae – que não toca só esse estilo musical, mas outros, como o pop/rock. A festa do domingo é o “samba depois da missa”, no mesmo local. Todos os dias, você ainda pode aproveitar a reconhecida gastronomia de Noronha. Telefones e endereços de todos os passeios estão na aba de serviços.

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Praia do Cachorro

Foto: Miguel Igreja/Administração de Fernando de Noronha

A Praia do Cachorro é localizada mais próximo à Vila dos Remédios, o centro urbano de Fernando de Noronha. Talvez por isso é a mais frequentada por moradores e turistas.

A reia é clara e fofa, mas há também pedras que formam piscinas naturais com peixes coloridos e um paredão de rochas.

A água do mar é característica do Mar de Dentro: calma e cristalina. O Cachorro também oferece água doce através de uma fonte e uma bica, ao lado da escadaria de acesso à praia.

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Praia do Bode

Um dos caminhos para a Praia do Bode é pela Cacimba do Padre. Foto: Miguel Igreja/Administração de Fernando de Noronha

Piscinas naturais são o principal atrativo da Praia do Bode. O caminho para chegar lá depende da maré: se estiver baixa, pode ser pelas pedras, saindo da Cacimba do Padre, mas, quando estiver alta, só pela trilha.

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Baía dos Porcos

Foto: Luiz Pessoa/NE10

Se a Baía dos Porcos já tem uma vista incrível do mirante, de perto é ainda melhor. Lá, as pedras formam piscinas de águas transparentes.

Para chegar, só a pé. Saindo da Cacimba do Padre, o caminho é pela areia, em direção à esquerda. Ainda tem uma trilha de pedras. Mas o esforço vale a pena.

Além das piscinas naturais e do paredão rochoso alto, o visual fica completo com a vista do Morro Dois Irmãos, cartão postal de Fernando de Noronha.

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Praia do Atalaia

Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

Na Praia do Atalaia, os recifes formam piscinas naturais de água cristalina, com boa visibilidade e muitos peixes, atraindo banhistas interessados pela vida marinha.

A paisagem do Atalaia lembra a origem vulcânica de Fernando de Noronha, 1,5 milhão de anos atrás. A praia tem pedras negras e o Morro do Frade no meio.

Para preservá-la, o acesso é controlado. A praia só recebe pequenos grupos, que fazem a trilha de 1,5 quilômetro e podem ficar na água por meia hora.

Para isso, é necessário fazer o agendamento do passeio no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em frente à sede do Projeto Tamar.

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Ponta das Caracas

Foto: Antônio Melcop/Administração de Fernando de Noronha

Um mirante é a principal atração da Ponta das Caracas. A praia é rochosa e abriga piscinas naturais. O acesso é proibido devido ao perigo da descida em meio às pedras.

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Enseada da Caieira

Foto: Reprodução/Blog The Hotel Wife

Praia escondida dos roteiros turísticos, a Enseada da Caieira é uma das que demonstram traços da atividade vulcânica que deram origem a Fernando de Noronha, há aproximadamente 1,5 milhão de anos.

A área, no Mar de Fora e pertencente ao Parque Nacional Marinho, tem restrições ambientais. Só é possível visitá-la na companhia de um guia credenciado.

A Caieira tem fica coberta por pedras em partes do ano, mas, em janeiro, o mar traz uma camada de areia que fica sobre as rochas. Nas piscinas, várias espécies de peixes e berçário para os tubarões da espécie limão.

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