Seguindo o estereótipo cearense, Dênis Maia, 34 anos, é bom contador de histórias, animado e simpático. Atendendo sempre com um sorriso no rosto, passou pela Europa e firmou base em Fernando de Noronha para ganhar um título especial e merecido dos clientes do restaurante Dumar: o de melhor garçom do mundo. Além de servir, a pedidos, ele também ajuda a escolher os pratos, colocando mix de frutos do mar como entrada, moqueca sinfônica para o prato principal e cartola na sobremesa. Dênis acerta.
Peixe, lagosta, lula, camarão, polvo e peixes da ilha – era dourado no dia que o NE10 visitou o restaurante – compõem a entrada, com molho de alho, óleo e ervas finas.
Frutos do mar têm a cara de Noronha. Por isso, a moqueca sinfônica é a sugestão para o prato principal. Leva leite de coco, creme de leite, cebola, cheiro verde, camarão, lula, lagosta, polvo, sal, caldo de camarão e pimenta. E um toque de azeite de dendê. “É só para lembrar a moqueca baiana, mas não é ela nem é a capixaba”, explica o chef Ewerton Soares.
A cartola tem queijo manteiga, banana flambada no conhaque, farofa de leite com amendoim e sorvete de creme. É o tradicional com um pouco de requinte.
O melhor garçom, que indicou todos esses pratos, nasceu em Tabuleiro do Norte, no interior do Ceará, de onde saiu há 15 anos para trabalhar e morar na capital do Rio Grande do Norte, Natal. De 2007 a 2009, morou em Portugal e na Espanha, onde trabalhou como barman.
Foi dessa experiência que tirou as ideias para criar o drink Esmeralda do Atlântico, premiado em concursos de bebidas da ilha ano passado. Levando xarope de capim santo da horta do Dumar, abacaxi, limão e vodca e servido em taça de Martini, por ser aromático, homenageia a ilha que acolheu o autor em 2011, dois anos depois de voltar da Europa. Que sorte de Noronha também, que ganhou mais um morador sorridente.
Não tem desculpa para deixar de conhecê-lo. O Dumar, que fica na Alameda do Boldró, tem transfer grátis para os clientes. O telefone para agendar o carro é (81) 3619.0432.