Por Paulo Floro
O terceiro filme da nova trilogia de Star Wars, “Episódio III – A Vingança dos Sith”, deu a essa nova e arriscada empreitada de continuar a saga cósmica uma relevância nunca alcançada com os episódios anteriores, I e II. Sempre visto com ressalva por fãs e críticos, os novos filmes nunca alcançaram a mesma popularidade das histórias clássicas de Luke, Leia, Han Solo e companhia. Mas eis que este terceiro e derradeiro episódio fecha com alguma dignidade um projeto controverso desde seu nascimento.
Não por acaso o próprio George Lucas, idealizador da saga, é o diretor desta aventura final. Na trama, o jovem Anakin Skywalker completa a sua transição de um promissor Jedi destinado a se tornar “o escolhido” para um poderoso artífice do lado sombrio da Força. Anakin (Hayden Christensen) está casado com Padmé Amidala (Natalie Portman). No plano político, a República está em guerra contra a Confederação e o vilão Darth Sidious está em vias de arquitetar seu plano de controlar toda a galáxia.
O relacionamento entre Padmé e Anakin e sua tragédia familiar é o ponto mais importante do filme, uma vez que lança as bases para a continuação da trama nos episódios IV, V e VI, além de ser a gênese da epopeia dos Skywalker na luta pela paz na galáxia. É Padmé quem dá a luz aos gêmeos Luke e Leia.
Anakin ganha mais nuances neste último filme e sua personalidade oscila ao sabor dos acontecimentos: ao mesmo tempo em que ele ainda é o herói apaixonado por sua esposa, ele aumenta ainda mais os laços com Palpatine (Ian McDiarmid), revelado mais tarde ser Darth Sidious disfarçado. Seduzido pelo poder, ele acaba se juntando ao lorde Sith para um plano de aniquilação dos cavaleiros Jedi de uma vez por todas.
“A Vingança dos Sith” não só se aproxima do melhor da trilogia original de “Star Wars” como recupera as qualidades de uma boa aventura espacial: há um romance proibido, vilões rocambolescos, mas carismáticos, muitas cenas de luta coreografadas, incríveis batalhas orquestradas e um tom dramático que remete aos clássicos da literatura, de Homero a Shakespeare. Este final ajuda a apagar o fiasco dos primeiros filmes, com suas narrativas prolixas e sem ritmo e personagens esquecíveis como Jar Jar Binks e Darth Maul.
Aqui, Lucas reativa o elo emocional de seus fãs com a saga criada em 1977 e mostra que o universo de Star Wars possui bases sólidas para a criação de boas histórias.
Trailer de A Vingança dos Sith:
Episódio III – Trailer on Disney Video
2 Comentários
Eu só penso diferente quanto a Darth Maul. Ainda que sua personalidade não tenha sido devidamente desenvolvida, eu vejo bastante potencial no personagem. Um visual interessante e ameaça inquestionável aos Jedi, tendo enfrentado dois ao mesmo tempo e matado um (Qui-Gon Jinn).
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