Plana sub mostra a casa dos noronhenses submersos

Passeio tem formações rochosas e ilhotas de Noronha como plano de fundo. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Saindo da Baía de Santo Antônio, os tripulantes, já ansiosos, recebem as instruções para o passeio com toques de aventura: no mar azul de Fernando de Noronha, ficarão na água segurando uma prancha ligada ao barco por um cabo, sendo levados a 8 km/h. Usando um snorkel e mergulhando, cada um pode ter as próprias impressões sobre a vida marinha tão própria da ilha.

Não entendeu? Veja o vídeo para se inspirar:

Plana Sub – O mergulho a reboque em Fernando de Noronha

São vários os nomes desse passeio que, na verdade, nada mais é do que um mergulho a reboque no cenário paradisíaco de Noronha: aquasub, pranchasub… Todos eles surgiram da união do esporte com o turismo. Enquanto alguns dizem que já é praticado há mais uma década no arquipélago, outros atribuem a sua criação ao engenheiro de pesca Leonardo Veras, que desenvolveu um modelo de prancha e o patenteou com o nome plana sub há cerca de oito anos.

Antes de cair ao mar, visitantes recebem orientações sobre a prancha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Antes de cair ao mar, visitantes recebem orientações sobre a prancha. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Mas o que importa para nós, turistas, é que, hoje em dia, é possível aproveitá-lo, com segurança, de quatro formas diferentes: nas embarcações Eduarda II, Toda Nua e Alquimista II, além das embarcações do Receptivo Atalaia Turismo, que levou a equipe do NE10 de lancha.

A embarcação deixou o porto por volta das 14h, com os tripulantes Douglas e Carlinhos dando as primeiras orientações ao grupo. Usando o lado positivo da prancha para baixo, é possível chegar a oito metros de profundidade. Se a intenção é essa, o lado negativo está ali para não descer tanto – além disso, um colete salva-vidas pode ser usado por quem não sabe nadar.

Os passeios são divididos por grupos: segurando as pranchas, seis turistas na ida e seis na volta. O casal formado pelo administrador Osvaldo Casarim, 62 anos, e a aposentada Deodete Casarim, 61, ambos do interior de São Paulo, era só entusiasmo. “Não conhecia nenhum lugar no Brasil assim”, disse ele. “É lindíssimo”, completou ela.

Peixe assado também é servido no passeio. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Peixe assado também é servido no passeio. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Depois de todos mergulharem, podem relaxar na lancha e compartilhar as experiências. O passeio é o mesmo para todos, mas, acreditem, cada um tem uma impressão e percebe detalhes e cores diferentes do mar.

Para quem esperava só a atividade, vem a parte especial. O passeio inclui uma volta por praias como Americano, Cacimba do Padre e Sancho, enxergando-as de fora, e passando pela pedra do Rugido do Leão, uma formação rochosa na qual o encontro entre a caverna e o mar proporciona um barulho semelhante ao do animal.

Às vezes também é possível registrar a atividade e ver e bichos marinhos. Antes do por do sol, atobás e fragatas no céu aguardam uma bobeira de peixes, entre sardinhas, atuns e outras espécies. Faz parte da cadeia alimentar.

Depois da atividade, turistas podem admirar a vista. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Depois da atividade, turistas podem admirar a vista. Foto: Luiz Pessoa/NE10

Maravilhados com a cena, alguns visitantes sequer percebem, mas Douglas já está colocando peixe e carne na churrasqueira instalada na parte traseira da lancha.

Quando a comida fica pronta, a embarcação já está de volta à Baía de Santo Antônio. Mas ainda não é hora de atracar, e, sim, o início de outro espetáculo. O por do sol começa no Mar de Dentro, mostrando que Noronha é uma ilha que pode sempre se superar.

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