Bélgica
Quero ser grande!

Análise
Mesmo formando equipes razoáveis, a Bélgica é um país que não possui grandes tradições em Copas do Mundo. No Brasil, contudo, os belgas chegam com uma moral relativamente alta, podendo até surpreender as grandes potências. Nunca a Bélgica produziu tantos bons jogadores em uma mesma época. Não é de surpreender que o time tenha terminado a Eliminatória da Europa de maneira invicta, em um grupo que também tinha a Croácia.
O meia Eden Hazard, do Chelsea, é o grande nome dessa geração belga. Além de saber articular bem as jogadas, é um excelente finalizador. Hazard, porém, não está sozinho no comando dos Diabos Vermelhos. Witsel, Defour, Fellaini, De Bruyne e Lukaku brilham tanto com o meia do Chelsea na seleção belga. O grande trunfo é a velocidade para atacar e o elemento surpresa de não ser uma grande potência do futebol mundial. Como se isso não fosse suficiente, a equipe do técnico Marc Wilmots ainda conta com um dos melhores, senão o melhor, goleiro do mundo, Thibaut Courtois, que foi um dos pilares do título espanhol do Atlético de Madrid na última temporada europeia. Na zaga, há nomes experientes como Kompany, do Manchester City, e Van Buyten, do Bayern de Munique. Opções não faltam para Wilmots.
No entanto, nem tudo é um mar de rosas para a Bélgica. O principal problema do time é saber administrar o status de grande time na Copa do Mundo, ainda mais em um grupo que não possui grandes forças do cenário internacional - os belgas estão ao lado de Coreia do Sul, Argélia e Rússia. Outro ponto interessante a se avaliar é observar como os Diabos Vermelhos irão se comportar contra as grandes seleções do mundo. Irão se intimidar ou partir para cima?
Destaque
Eden Hazard. O meia do Chelsea é o grande nome da Bélgica. Dotado de muita velocidade, Hazard pode também atuar mais avançado próximo à área. Tem que ser marcado de perto, caso contrário pode ser decisivo para os belgas.
Fique de olho
Courtois. Em 1994, nos Estados Unidos, Preud'Homme foi eleito o melhor goleiro do Mundial e deu algum destaque para a Bélgica. Vinte anos depois, Courtois tem a chance de fazer o mesmo. É seguro e vive grande fase no Atlético de Madrid, onde ajudou o time a ser campeão espanhol.
Treinador
Marc Wilmots. O atual treinador da Bélgica já enfrentou o Brasil em Copas. Encarou a Seleção Brasileira nas oitavas de finais de 2002, na Coréia do Sul e Japão. Chegou até a fazer um gol na Canarinha, que foi invalidado. No final, viu o seu time perder por 2x0 para o Brasil. Agora no banco de reservas espera um desfecho diferente. Conseguiu aliar o bom grupo belga com um estilo ofensivo e veloz. Promete dar trabalho.
Time base
Os belgas costumam jogar em uma variação de 4-5-1 e 4-3-3. Hazard e De Bruyne costumam ficar pelas pontas. O trio formado por Witsel, Defour e Fellaini apoia muito o ataque, que tem tem Lukaku como referência.

Convocados
Goleiros:
Simon Mignolet (Liverpool/ING)
Koen Casteels (Hoffenheim/ALE)
Defensores:
Anthony vanden Borre (Anderlecht)
Laurent Ciman (Standard Liége)
Vincent Kompany (Manchester City/ING)
Daniel van Buyten (Bayern de Munique/ALE)
Thomas Vermaelen (Arsenal/ING)
Nicolas Lombaerts (Zenit/RUS)
Jan Vertonghen (Tottenham/ING)
Meio-campistas:
Steven Defour (Porto/POR)
Marouane Fellaini (Manchester United/ING)
Mousa Dembélé (Tottenham/ING)
Nacer Chadli (Tottenham/ING)
Kevin de Bruyne (Wolfsburg/ALE)
Adnan Januzaj (Manchester United/ING)
Eden Hazard (Chelsea/ING)
Dries Mertens (Napoli/ITA)
Atacantes:
Divock Origi (Lille/FRA)
Kevin Mirallas (Everton/FRA)
História
Esta é a décima segunda Copa da Bélgica. O melhor resultado foi um quarto lugar no Mundial de 1986, no México. Fora isso, o time vermelho não costuma fazer um grande estrago na competição.
Contra o Brasil
O único confronto entre os belgas e a Seleção Brasileira ocorreu em 2002, na Coreia e no Japão. Válido pelas oitavas de finais da competição, o duelo terminou 2x0 para o Brasil.
